Buscas intensificadas em Anguera
A Polícia Civil da Bahia segue empenhada nas buscas por três jovens desaparecidas na cidade de Anguera, localizada a 40 km de Feira de Santana. O ex-namorado de uma das vítimas prestou depoimento na última sexta-feira (10), mas acabou liberado. Segundo o delegado José Marcos Rios, o adolescente negou qualquer participação no sumiço das jovens, embora a possibilidade de seu envolvimento ainda não esteja descartada.
As jovens Carol Ferreira Rodrigues, de 21 anos, Letícia Araújo Rodrigues, de 22, e Rafaela Carvalho Silva, de 15, foram vistas pela última vez na segunda-feira (6). Elas informaram que estavam indo buscar roupas na zona rural da cidade. Desde então, não há informações concretas sobre o paradeiro delas, que agora completam quatro dias desaparecidas.
O delegado ressaltou que o ex-namorado, após ser ouvido, foi liberado, mas já havia sido investigado anteriormente por um homicídio na região, ocorrido há aproximadamente um ano. Este fator levanta ainda mais questões sobre seu envolvimento no desaparecimento das amigas.
Leia também: Amapá Lança Operação Virtude 2025 para Combater Violência Contra Idosos
Fonte: amapainforma.com.br
Indícios de crime revelados durante investigações
O caso ganhou novos contornos após a polícia apreender material que pode estar relacionado ao crime. Imagens veiculadas pela TV Bahia mostraram roupas queimadas, sandálias femininas e o celular de uma das jovens. Notavelmente, uma das peças de vestuário apresentava manchas que podem ser compatíveis com sangue. O delegado Rios comentou sobre a relevância dessas descobertas: “O que foi encontrado lá já dá um indicativo de participação. A gente não sabe ainda qual a extensão da participação deles e qual a função, mas já indica participação”, afirmou.
Os dois homens relacionados às apreensões foram autuados em flagrante por sequestro e também têm histórico de envolvimento com tráfico de drogas. A polícia continua a buscar informações que possam levar à localização das jovens. Apesar dos indícios encontrados, a instituição não descarta a possibilidade de que as vítimas ainda estejam vivas, tratando o caso como um sequestro.
“O fato do celular ter sido encontrado não é indicativo de que elas estejam mortas. A gente trabalha ainda para encontrá-las vivas”, enfatizou o delegado, sublinhando o esforço das autoridades em resolver o mistério que envolve o desaparecimento das três jovens.
Famílias clamam por notícias
Os familiares das garotas estão aflitos e pedem por informações. De acordo com relatos, Carol foi a primeira a desaparecer, seguida por Letícia e Rafaela. As duas últimas estavam com seus celulares, mas não respondem a ligações ou mensagens, gerando ainda mais apreensão.
Juliana Araújo, mãe de Letícia, desabafou em entrevista à TV Subaé (local) que as roupas que as jovens foram buscar pertenciam à sua filha, que havia retornado recentemente a morar com ela após o término de um relacionamento de um ano. “Eu fiquei preocupado porque Letícia é uma menina que me comunica tudo”, contou.
Audinéa Santana Carvalho, mãe de Rafaela, também expressou sua angústia. Ela relatou que a filha desapareceu sem levar seus pertences e fez um apelo dramático para que quem tivesse informações sobre o paradeiro das meninas entrasse em contato: “Cheguei do trabalho e encontrei a mochila e a farda. O telefone dela está quebrado. Acredito que estão vivas. Quem estiver com elas, por favor, entregue as três”.
Ajuda da comunidade é essencial
A Polícia Civil solicita que qualquer pessoa que tenha informações sobre o desaparecimento de Letícia, Carol e Rafaela entre em contato com o Disque Denúncia pelo número 181. O envolvimento da comunidade pode ser fundamental para elucidar esse caso que tem gerado grande comoção na região.