Investimentos Significativos na Preservação Cultural
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apresentou recentemente duas publicações que detalham as iniciativas realizadas em 2024, voltadas à proteção e valorização do patrimônio cultural imaterial do Brasil. Esses documentos trazem à luz os resultados do Ciclo 2024 de Monitoramento das Ações de Salvaguarda, disponíveis na nova plataforma digital do Iphan, a Bem Brasileiro, que busca promover a cultura imaterial nacional. No total, mais de R$ 4 milhões foram investidos em 137 ações de salvaguarda, abrangendo diversas regiões do Brasil e beneficiando comunidades em 168 cidades.
Até o final de 2024, 42 bens culturais registraram avanços significativos, o que corresponde a 74% do total de patrimônios imateriais reconhecidos até aquela data. Entre as tradições destacadas estão a roda de capoeira, o samba de roda, festas religiosas, técnicas de confecção de queijos artesanais e diversas outras expressões culturais. Essas ações foram possíveis graças à colaboração de centenas de grupos e instituições parceiras, que formaram uma vasta rede colaborativa envolvendo detentores das tradições, mestres e mestras, associações culturais e órgãos públicos.
Projetos de Formação e Apoio à Cultura Tradicional
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Os investimentos destinados às ações de salvaguarda foram aplicados em uma variedade de projetos. Isso inclui a formação e capacitação de mestres e aprendizes, a difusão cultural das práticas tradicionais, o apoio a espaços de referência onde essas tradições são praticadas, a transmissão de saberes entre gerações e o fomento de cadeias produtivas locais relacionadas aos bens culturais. Essa diversidade de iniciativas reflete o compromisso do Iphan em fortalecer as bases da cultura imaterial brasileira.
Compreendendo as Ações de Salvaguarda
Mas, o que exatamente são ações de salvaguarda? Em resumo, salvaguardar significa proteger e valorizar, e, no contexto do patrimônio imaterial, isso implica apoiar mestres e mestras que compartilham seus saberes, ajudar comunidades a realizar suas festividades tradicionais, estabelecer espaços para a transmissão de conhecimentos ancestrais e estimular as economias locais associadas a essas práticas culturais. Um dos principais fundamentos da política de salvaguarda é a participação social, que garante que as decisões não sejam tomadas apenas pelo governo, mas sim em parceria com as comunidades que vivenciam essas tradições.
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Fonte: curitibainforma.com.br
Monitoramento e Avaliação das Ações de Preservação
O monitoramento dessas ações é uma parte essencial da Política de Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial, que foi criada há quase 25 anos pelo Decreto nº 3.551/2000. Por meio dessa estratégia, o Iphan busca acompanhar e avaliar as medidas adotadas para proteger os bens culturais que estão oficialmente reconhecidos como Patrimônio Cultural do Brasil.