Scanner Ultrassom Aumenta Segurança no Aeroporto de Salvador
A Polícia Federal na Bahia recebeu na quinta-feira, dia 13, um scanner corporal Lumify Ultrassom Philips como parte de uma iniciativa para intensificar o combate ao tráfico internacional de entorpecentes via aérea. Este equipamento, doado pelo Serviço de Segurança Interior da Polícia Nacional da França, será utilizado para aprimorar a fiscalização de passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador, contribuindo para uma segurança aeroportuária mais eficaz e uma vistoria mais rápida, especialmente em voos internacionais.
O scanner corporal Lumify é um dispositivo de ultrassom portátil capaz de detectar objetos ocultos, como armas, drogas e explosivos, mesmo aqueles que estão engolidos em cápsulas. Essa tecnologia avançada promete revolucionar as operações de segurança, oferecendo uma ferramenta mais eficaz na identificação de ameaças.
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Em dados recentes, até o dia 12 de novembro de 2025, foram registradas 14 prisões em flagrante no Aeroporto de Salvador por tráfico internacional de drogas, resultando na apreensão de aproximadamente 52 quilos de substâncias ilícitas, incluindo cocaína, maconha e haxixe. Esses números já superam as apreensões de todo o ano de 2024, quando foram confiscados cerca de 50 quilos com 12 indivíduos detidos.
Um aspecto alarmante desse cenário é que a principal forma de ocultação das drogas envolve a ingestão ou inserção em cavidades corporais, como a anal ou vaginal. O perfil das chamadas ‘mulas’, que são as pessoas contratadas para transportar essas drogas, abrange mulheres jovens, cis e trans, que frequentemente se encontram em situações de vulnerabilidade social.
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Fonte: soudesaoluis.com.br
A utilização do novo scanner está focada, sobretudo, na proteção dessas pessoas vulneráveis, frequentemente alvo de aliciamento por organizações de tráfico internacional. A situação é crítica, pois em caso de ruptura de uma cápsula ingerida, a probabilidade de sobrevivência é extremamente baixa, especialmente considerando que a overdose de cocaína não conta com um antídoto imediato.
Ao implementar essa nova tecnologia, a Polícia Federal espera não apenas aumentar a eficácia das suas operações, mas também atuar de maneira preventiva, criando um ambiente mais seguro para os passageiros do aeroporto. A esperança é que essa medida contribua para desmantelar redes de tráfico que exploram a vulnerabilidade de muitos indivíduos.


